Direitistas de todo o mundo, uni-vos!
Perdoem-me os liberais, conservadores, antiglobalistas, nacionalistas, trumpistas, bolsonaristas, olavistas e representantes de tantos outros subgrupos da direita por iniciar esse blog parafraseando o chamado de Marx para o proletariado mundial, há 170 anos. Não quis provocá-los (ok, talvez um pouquinho).
Mas é que adaptar o grito do velho Karl e de seu parça Engels, por mais que vocês os abominem, não é algo de todo descabido. A direita está num momento de afirmação no Brasil e no mundo depois de décadas escondida debaixo da mesa.
Há alguns meses, durante a reta final da campanha que elegeu Jair Bolsonaro, um jornalista americano que acompanha a política brasileira e veio cobrir a eleição me fez uma pergunta desconcertante: “Onde estavam todas essas pessoas de direita, que eu nunca vi?”.
Boa pergunta, e a ideia desse espaço é tentar dar alguma resposta. Que o Brasil caminhou para a direita na última eleição parece não haver dúvida, ainda que, como mostrou o Datafolha, poucos comunguem 100% da pauta bolsonarista.
Muitos analistas já especularam que 2018 é filho de 2016 e neto de 2013. Ou seja, a eleição de Bolsonaro e de tantos direitistas Brasil afora seria resultado direto do impeachment de Dilma Rousseff e da fadiga anti-PT, que por sua vez teriam sido decorrências dos protestos de junho de 2013.
Sim, é possível que a onda que varreu a política brasileira em outubro passado tenha muito de circunstancial. Mas minha aposta é que algo maior esteja acontecendo, que a sociedade esteja mudando valores e conceitos. O fato de esse fenômeno ser mundial, afetando países como EUA, Reino Unido, Hungria, Filipinas e tantos outros, reforça essa minha impressão.
Então a ideia aqui é dar voz e espaço para essa turma que está invadindo o espaço público, gostemos ou não. Procurarei ser equilibrado e sóbrio em temas que são um vespeiro (Deus me ajude), mas também pretendo questionar e apontar incoerências e contradições, seguindo as regras do bom jornalismo.
Seja bem-vindo.
Direita, volver!